Prédios que permanecem próximo ás obras de duplicação da Avenida Antônio Carlos, transformaram-se em mais uma cracolândia. Entre os viciados estão homens, mulheres, adolescentes, que usam crack e outras drogas diariamente, sem se incomodar com os pedestres, vizinhos e os operários da obra. A presença dos usuários de droga nessa região deixa inseguros as pessoas que frequentam essa área, pois muitas já foram assaltadas.
O morador J.E.S. de 50 anos - pediu para não ser identificado - afirmou que todos os dias, homens e mulheres abordam pedestres para pedir comida e dinheiro. Disse ainda que à noite a situação "é bem pior". "Eu não dou atenção, pois tenho muito medo da reação deles.” afirmou.
Já o operário Wallison Guedes relatou que os usuários estão próximos ao conjunto habitacional IAPI - local em que uma cracolândia foi desativada pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), e atualmente se "espalham" pelos escombros e ruínas da avenida. “Vejo várias pessoas entrando pela manhã e saindo à noite. A maioria dessas pessoas ficam próximas a Rua Formiga, esperando um albergue abrir, para tomar banho, comer e dormir. No outro dia, elas saem e voltam para as ruas, onde se drogam o tempo todo.” conta Wallison. Segundo o operário, a Polícia Militar (PM) chega a prender alguns viciados, principalmente aqueles que ficam assaltando a região, mas no dia seguinte, eles voltam a abordar moradores, comerciantes e funcionários da obra, sem nenhuma restrição.
Relato de um operário
O operário Wallison Guedes relata sobre as dificuldades de trabalhar na obra com a presença dos usuários de drogas da região. Acompanhe o vídeo abaixo.
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